Se você não assistiu, assista antes aos novos comerciais da HOPE, com Gisele:

A Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo, acionou o CONAR (Conselho Nacional de Reulamentação Publicitária), que abriu um processo para retirar a campanha do ar, com a justificativa que: “a Hope não tratou com respeito a condição feminina.” e “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”.

Ao todo, eles receberam, cerca de 20 denúncias. Mais uma vez: eles receberam cerca de 20 denúncias. Vou repetir: 20 denúncias. Olha, ou a “Secretaria de políticas para as mulheres” é o órgão mais eficiente do governo federal, ou é uma ala de uma hospital psiquiátrico. Propagandas de cerveja, propagandas de carro, propaganda de… TUDO, reforça algum esteriótipo, principalmente o da mulher-objeto. Por que nunca antes, nenhum destes órgãos se manisfestou contra estas campanhas da mesma forma? A notícia foi destaque em todos os jornais do mundo, com várias versões claro. Por exemplo: “Daily Mail” diz que o anúncio causou “fúria” entre as brasileiras, o “El Mundo” lembra que a sensualidade é “recorrente” na publicidade do país. E nós? O que dissemos?

“- Há!” (Foi a minha reação.)

A mulher-objeto é na cabeça masculina, cultural e socialmente, a própria mulher brasileira, assim como o homem-objeto é o “projeto ideal” feminino. É cultural a bunda valer 15x mais que a inteligência, ou o tanquinho valer 15x mais que o carinho. É assim, com raras exceções e não adianta negar, muito menos renegar.

Milhões de pessoas estão todos os dias reclamando de saúde, educação, emprego… e os únicos processos abertos são contra os reclamantes. Os educadores que o digam. Quando 20 pessoas se manifestam contra a campanha, inclusive Luana Piovani, a rainha da bunda exposta, o comercial se torna ameaçador.

Será que não é exatamente o contrário o que transmite a propaganda? Não seriam então os homens a se submeter ao poder de sedução feminino, ingnorando as questões práticas das situações em troca de prazer? …criando também um estereótipo de: TOLOS? Colocando o lar brasileiro como um antro de promiscuidade? NÃO. Se todas as propagandas forem censuradas com base em idéias extremistas sexistas, vendam suas televisões, antes que elas não valham mais nada. Tudo vai sair do ar!]

Não sei se você percebeu mas Gisele, nesta história, foi só um bode expiatório de duas dúzias de feministas querendo espalhar pelo mundo uma idéia medíocre: “A Brasileira é mais que beleza e bunda!…” E, se a psicologia reversa funciona, acabou completando: “…É burra!”

Ou seja: “A hipocrisia é o novo preto.”